terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cine no Ponto

Todas as sextas-feiras às 20h, com exibição de filme, conversa e pipoca. Entrada permitida para jovens acima de 16 anos de idade (devido à censura de alguns filmes). A conversa após a exibição além de ser prazerosa, estimula o exercício do pensamento crítico - fundamental para o amadurecimento e inserção social consciente. Seguem as sinopses dos filmes que serão exibidos no mês de outubro. Esperamos por você!


Coordenação: Marília Sales e Lucas Baumgratz


Antes da chuva



Milcho Manchevski , 1994, Macedônia

Tendo como pano de fundo as turbulências políticas da Macedônia e a cidade de Londres , três histórias de amor se interligam.  Uma Macedônia dilacerada pela guerra serve como pano de fundo para três narrativas: 'Palavras', na qual monge se apaixona por garota refugiada 'Rostos', em que fotógrafa se vê dividida entre marido e amante e 'Imagens', que mostra o retorno do premiado fotógrafo Aleksander à sua nativa Macedônia.
Mad Max

George Miller, 1979 , Austrália
Um clássico da ação e da ficção científica: Num futuro próximo, o combustível que alimenta os motores dos carros é também motivo para crimes perpretados por violentas gangues. Max é um jovem policial e junto com seus companheiros patrulha as estradas a fim de impedir a ação daqueles que insistem em perturbar a paz. A morte de um membro pelas mãos de Max dá início a uma série de crimes cruéis cometidos contra sua família e o melhor amigo. Assim, Max só tem uma escolha: vingança. 

A faca na água

Roman Polanski, 1962 , Polônia

Um casal quase atropela um jovem de 19 anos numa estrada e acaba oferecendo uma carona para o rapaz, convidando-o também a passar o dia velejando. A partir daí, estabelece-se uma disputa entre os dois homens, mediada pela mulher.

Persona

Ingmar Bergman, , 1966, Suécia 

A atriz Elizabeth Vogler emudece durante uma representação teatral de Electra. Seu mutismo em relação aos que a rodeiam é total, sendo então internada numa clínica. Não está doente, simplesmente optou pelo silêncio. Alma, uma jovem enfermeira, fica encarregada de tratar dela. Quando, a conselho médico, as duas se isolam em uma ilha, passam a desenvolver uma intimidade e cumplicidade crescentes. Com isso se estabelece uma constante simbiose de personalidades.



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dyrce Araújo fala sobre a Ciranda de Poesia



Com formação em Letras, filha e neta de professores de língua portuguesa, a escritora, educadora e membro da Academia Joseense de Letras Dyrce Araújo fala da importância da Ciranda de Poesia para o fomento da literatura em nossa região.

por Giselle Lourenço

A escritora e educadora Dyrce Araújo falou de forma intensa sobre cultura, educação e poesia ao Núcleo de Comunicação do Bola de Meia.
Dyrce é hoje, uma figura fundamental no processo cultural da região do Vale do Paraíba. Sua trajetória implica em, desde muito cedo, concomitante com o exercício de lecionar a língua portuguesa, ter apaixonado-se também por projetos comunitários, a princípio com propostas de trabalhos teatrais, mas que com o tempo ampliou-se para outras tantas linguagens artísticas que passaram a contribuir para o desenvolvimento de capacidade de expressão de várias comunidades na região.
Ganhou muita experiência ao começar seu trabalho como agente cultural na Fundação Cultural Cassiano Ricardo, de onde, aos poucos, pela intensidade com que abraçava novos empreendimentos culturais, foi colaborando fortemente para um formato mais dinâmico de todo o processo de construção cultural da cidade, com um acento ainda maior para a Literatura e para a motivação da produção escrita dos autores regionais.
Dentre seus livros publicados, estão: “Quando a Casa Dorme”, “O Pecado Imortal”, “Sagrada Paixão”.
Dyrce foi, ainda, diretora de cultura de Jacareí e por quatro anos dirigiu a Biblioteca Pública da Fundação Cassiano Ricardo em São José dos Campos.
A escritora encontra-se citada em antologias e também no Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras de Nelly Novaes Coelho, uma obra que reúne a pesquisa de verbetes das principais autoras brasileiras.
Dyrce tem sido frequentadora quase que assídua da Ciranda de Poesia, um projeto que acontece no Ponto de Cultura Bola de Meia e que reúne autores, poetas e apreciadores de poesia e literatura de toda a região. A professora nos conta que encontrou na Ciranda de Poesia do Bola de Meia, antes de mais nada, um grande acolhimento.
A autora acentua que hoje, há um esforço grande de escritores do Vale para que o incentivo à Literatura possa desenvolver-se ainda mais. Porém, ressalta que a região, principalmente a cidade de São José dos Campos já foi bem mais viva e rica culturalmente, mais especificamente no âmbito literário em meados das décadas de 80 e 90.
Dyrce fez questão de lembrar que, hoje, não tem conhecimento de alguma ação que envolva escritores e poetas na região de maneira frequente e articulada como o Projeto da Ciranda. “O que vejo hoje são iniciativas esporádicas de alguns poetas que se reúnem para tentar promover algo ou então eventos literários maiores mas que não possuem um formato de continuidade, como é o caso da Ciranda de Poesia” – explica.
A autora fala com admiração sobre as conquistas de permanência das atividades do Ponto de Cultura Bola de Meia, uma vez que, segundo ela, viu na cidade muitas iniciativas artísticas e culturais que começam, vigoram por algum tempo e que, de uma hora pra outra, terminam. Para o Bola de Meia, saber que a escritora carrega esta visão do Ponto de Cultura vem ao encontro daquilo que sempre prezamos com relação ao cultivo das capacidades de cada ser, da criação e disseminação do saber e do fazer coletivo.
Dyrce acha fundamental que educadores olhem mais para o Projeto Ciranda de Poesia para que, de alguma forma, articule uma extensão para as salas de aula, vendo na Ciranda o complemento pedagógico essencial para incentivo à leitura dos educandos.
A autora, enfim, salienta a necessidade de mais bibliotecas, mas coloca uma definição de bibliotecas como algo inovador, pois conceber a biblioteca como apenas o prédio que contém livros é algo que fica muito aquém das necessidades de mudanças culturais de nosso país. Dyrce imagina bibliotecas como um organismo vivo, que deve prezar pelo direcionamento, pela assistência pedagógica, com menos burocracia e mais vivência e trocas de experiências entre frequentadores, professores e funcionários.
Nós do Ponto de Cultura Bola de Meia agradecemos sempre a presença da professora Dyrce em nossas Cirandas e desejamos que mais promotores culturais possam lançar, a seu convite, os olhares para este espaço democrático de incentivo à poesia e à atividade de produção escrita.
Grata, professora Dyrce!
Agradecemos a todos os frequentadores e amigos de nossa Ciranda!

Fotos: Paulo Henrique Pereira

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lançamento do Livro "Cultura Popular do Vale do Paraíba"



por Giselle Lourenço

O livro “Cultura Popular do Vale do Paraíba” de Jacqueline Baumgratz[1] nos conduz a uma viagem pelas tradições do Vale do Paraíba e pelas manifestações diversas que somam características fortes da cultura da região.
A intenção da autora nesta obra é de salvaguardar o valor inestimável de tantos mestres de cultura popular, tanto os que viveram por aqui e já se foram como o grande Mestre Zé Mira, como os mestres que por aqui ainda vivem e transmitem ensinamentos que hoje são seguidos por diversas comunidades. Tratam-se de mestres que independem de títulos e de reconhecimento acadêmico para fazer valer sua contribuição na formação de pessoas e que souberam educar gerações através de seus talentos e vivências corroborando uma maior integração social, o respeito comum, a valorização dos indivíduos, a política e a cidadania.
Por entre as páginas, a autora perpassa por manifestações diversas que vão desde a atuação mestres da tradição oral a mestres artesãos, figureiras etc.
Lançado no último dia 22 de agosto na Biblioteca Municipal Henrique Macedo, na cidade de Jacareí (SP) o livro “Cultura Popular do Vale do Paraíba” de Jacqueline Baumgratz.
Há ainda, explicações a respeito de simbologias e rituais dessas manifestações como catira, dança de fitas, folia de reis (com o significado dos marombos entre outros), explicações sobre a árvore de Natal e o presépio, sobre a congada etc. Também há depoimentos de professores e mestres dessas manifestações e algumas letras de músicas típicas.
O acervo de fotografias nos remete ainda mais ao o universo cultural sobre o qual o Vale foi edificado e nos permite conhecer mais de perto mestres como Zé Mira, Dona Lili – Figureira, Inezita Barroso, Mestre Lumumba, entre tantos outros reconhecidos mestres.
Um CD com músicas típicas das manifestações culturais acompanha o livro. Músicas que são cantadas, por exemplo, na folia de reis, na visita aos presépios, etc.
O livro “Cultura Popular do Vale do Paraíba” é uma obra que nos coloca em contato com as raízes do Vale e nos permite perceber a importância dessas manifestações para a história cultural do país. Permite às novas gerações conhecer um Vale que muito se transformou nos últimos anos, mas que ainda possui riquezas culturais inestimáveis e que vale à pena conhecê-las.


         Para adquirir o livro “Cultura Popular” você pode visitar o sitewww.ciabolademeia.org.br e acessar a lojinha. Também pode enviar um e-mail para: ciabolademeia@ciabolademeia.org.br.
A noite rendeu uma sessão de autógrafos. Acima, Jacqueline e Alcemir Palma autografando suas obras 

[1] Jacqueline é educadora, pesquisadora, psicopedagoga e atriz. Coordena projetos culturais e dirige espetáculos teatrais voltados ao público infantil. Em 2009, recebeu o Prêmio Taxáua do Ministério da Cultura pela atuação e articulação como liderança em ações artísticas e culturais no Brasil e é idealizadora e presidente da Cia Cultural Bola de Meia, fundada em 1989 na cidade de São José dos Campos.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ciranda com nosso querido Wallace

Ciranda de Poesia

Tivemos o prazer de ontem à noite (23/02) participarmos do projeto Ciranda de Poesia, no Espaço Cultural Bola de Meia, em São José dos Campos, que levou para a “ciranda” a discussão sobre a obra do nosso companheiro de palco e labutas, Wallace Puosso. Na mediação, outro grande poeta: Braga Barros.
Fiquei orgulhosa do ator e poeta, do amigo e companheiro e, acima de tudo, do artista. Quem me dera ter essa sensibilidade para passar para o papel momentos de história, de vida e de tantos sentimentos. Para escrever esse depoimento já estou “suando”. Tudo ajudou para a noite: o clima, a presença de poetas da cidade e o espaço do Bola de Meia, sempre aconchegante. Destaque para o ator Nélio Fernandes, que apresentou um belo e instigante trabalho de partitura corporal.

Andréia Barros

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CONVITE - INSCRIÇÃO GRATUITA

PROJETO “MODELANDO HISTÓRIAS, TECENDO MEMÓRIAS”

aprovado através do Edital de Interações Estéticas – Funarte – 2010.

Monitora: Tânia Castro Geraseev de São José dos Campos.

 

Local: sede da Cia Cultural Bola de Meia

Período: de 10 de fevereiro de 2011 a 14 de abril de 2011

Dia: Toda 5ª feira (uma vez por semana)

Duração: 10 semanas

Horário: das 18h às 21h

Faixa etária: jovens e adultos

 

Obs.: Ao final das atividades os participantes receberão um certificado de participação.

 

Inscrição (gratuita)

Prazo: 31/01/2011

Como: email ou telefone (contato@ciabolademeia.org.br  /  (12) 3941-9723)

Contato: Kika / Emilia


Objetivos

O projeto “Modelando histórias, Tecendo memórias” tem como proposta possibilitar e potencializar o processo de construção, reflexão e ressignificação da memória individual e coletiva por meio de oficinas de criação de figuras em argila, cabaça (porunga) e taboa, matérias-primas que fazem parte da herança cultural do Vale do Paraíba.

Objetiva a criação de “espaços de memórias” – locais de encontro e partilha que possibilitem a materialização das trajetórias e experiências de vida de cada participante, estabelecendo relações voltadas aos valores comunitários de partilha do saber.

Pretende-se atuar com a metodologia da tradição oral, constituindo rodas de histórias e vivências que reconfigurem o sentido de identidade cultural e pertencimento através da recriação de símbolos e tradições e propondo reflexões coletivas acerca das questões que abordem o lugar das memórias, com a finalidade de que os participantes tornem-se os produtores, guardiões e difusores de sua própria história.

 

Como acontecerá

O projeto “Modelando histórias, Tecendo memórias” se propõe a desenvolver as ações previstas por meio de oficinas teóricas e práticas, em que estejam contempladas vivências como rodas de histórias, cirandas, cantigas de roda e exibição de vídeo-documentário, enfocando os temas Identidade, Memória e Patrimônio Cultural, como componentes das oficinas de elaboração de figuras em argila, cabaça e taboa, utilizando técnicas do fazer tradicional incorporado a técnicas do fazer contemporâneo.

O projeto será realizado no período de 03 meses, através de oficinas semanais de 03 horas, totalizando 36 horas (ou 10 semanas).

Todos os momentos serão permeados por rodas de histórias, cantigas e cirandas, fomentando desta maneira o “sabor pelo saber”, a experiência da troca e alegria da conexão consigo mesmo e com o outro e a experiência do estar vivo.